quinta-feira, 24 de abril de 2008

O milho amarrado no chinelo, ou crônicas de um amor louco, ou tudo o que eu queria era ser um passarinho


Os milhos que querem andar pelo mundo, não tem recursos, nem pé de meia, nem pé. Sabe-se de um que juntou os trapos com uma chinela. Sem peso e sem culpa foram ser felizes em algum lugar longe das latinhas de milho, pés com frieira e passarinhos famintos. Chinelas precisam dos milhos também. Essa não queria ser mais uma chinela solta, sozinha, sem par e sem cabresto no mundo.
Foram felizes até que a chinela viu que o milho engordava e que sempre se debulhava, em lagrimas, ao lembrar do passarinho que comeu sem culpa, bateu asas e voou. Assim, o amor foi se decompondo. O milho também. A chinela de novo, antibiodegradavelmente, quedou sem eira nem beira. Os pés fora do chão, sem par.
moral da história
- e=mc²
-japonesas só havaianas
-não ha vantagens em ser biodegradável
-tudo o que eu queria era ser um passarinho
-arwen e aracorn
-preciso de um aldol
*baseada em fatos reais, produzida em co-autoria por Fares, Flora e Gustavo, que contaram com o incomensurável apoio moral de Kleverson.